Com exceção da trilha sonora, regada a Legião Urbana, “O Homem do Futuro”, que estreia hoje nos cinemas, é diferente de tudo o que já foi feito no cinema brasileiro, pelo menos no circuito comercial. Roteiro, cenário e adaptação são dignos de qualquer produção de Hollywood.

Mais uma vez, Wagner Moura mostra talento para o cinema, agora dando vida a Zero, um cientista humilhado pelo grande amor da vida, Helena (Alinne Moraes), quando ainda cursavam faculdade.

Sem querer, como na maioria dos casos envolvendo cientistas em produções norte-americanas, ele cria uma máquina do tempo e vai parar em 22 de novembro de 1991, dia em que sua vida amorosa foi definitivamente destruída.

Ele tem, então, a oportunidade de encontrar sua versão mais jovem e tentar mudar o curso das coisas. A semelhança com “De Volta para o Futuro?” em alguns momentos é escancarada, afinal, a história é semelhante à vivida por Marty McFly no clássico dos anos oitenta. O longa, dirigido por Robert Zemeckis, se tornou padrão quando o assunto é viagem no tempo, fato que dificulta qualquer tipo de desligamento com outros filmes do mesmo gênero.

Mas as referências não prejudicam o filme, apenas reforçam a tese de que tudo se copia, melhorado ou não. Em “O Homem do Futuro”, a produção se destaca com ajuda dos bem cuidados efeitos especiais.

Quem viveu a adolescência no final dos anos 80 e começo dos anos 90 ficará totalmente ambientado com as roupas e as músicas.

O filme é leve, mas dá uma falsa sensação de profundidade quando a física é citada em certos momentos para explicar cientificamente o amor. No final, a “lição” de como enfrentar os problemas da vida é o papel de parede da trama.

Novo desafio para Wagner Moura

Claudio Torres responde pela direção do filme “O Homem do Futuro”. É nitidamente um novo desafio para o diretor de “A Mulher Invisível”, assim como também é para Wagner Moura, criador do estilo de um ícone pop recente: o Capitão Nascimento. O ator encara sua primeira comédia pura no cinema.

O resultado foi um bom filme, possível de ser exibido em qualquer dia da semana na Sessão da Tarde, ou seja, diversão garantida para a família e nostalgia pura para quem viveu a época de Zero e as mesmas frustrações do cientista.

Fonte: EPTV.com

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