Goiânia também entra no mapa

Sorria e tome cuidado com as suas atitudes enquanto anda pelas ruas de Goiânia nesta semana, pois você pode ser flagrado pelas câmeras fotográficas do Google. A empresa iniciou o processo de captura de imagens para o Google Street View na capital, na semana passada. Um carro com o logotipo da ferramenta, equipado com uma câmera no teto está circulando pelas ruas de Goiânia durante o dia para fazer as fotos.

O Google Street View faz parte do Google Maps e do aplicativo Google Earth e disponibiliza vistas panorâmicas de determinadas regiões simulando a perspectiva em primeira pessoa.

Segundo informações do Google Brasil, o processo de captura das imagens no País teve início em janeiro do ano passado.

Atualmente já foram feitas as fotos de 51 cidades brasileiras, distribuídas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A ideia do projeto, de acordo com o Google, é mapear toda a malha viária pavimentada do País (ruas, estradas, avenidas e outras) que está no Google Maps.

No site www.tecmundo.com.br , Eduardo Karasinski explica como funciona o serviço de visualização das ruas do Google. “O funcionamento é realmente muito simples. Tudo o que você precisa fazer é ir até uma cidade e clicar no pequeno boneco amarelo (batizado de ‘Pegman’ pelos criadores) que fica acima da barra de zoom, no lado esquerdo da tela. Ao arrastar o Pegman para fora da barra, as ruas que ficarem azuis indicam onde o Google Street View já está presente. Solte-o em uma rua e pronto, a visualização muda automaticamente”.

Polêmica

Uma semana após estrear no Brasil, o Google Street View começou a gerar polêmica devido às imagens constrangedoras e cenas degradantes de gente anônima que estavam expostas na ferramenta. Um homem de olho nos cartazes de um cinema pornô, uma prostituta e um travesti com os seios de fora, um bêbado caído na sarjeta, alguém vomitando e outra pessoa urinando na calçada. Estes são alguns exemplos que levantaram questões como intimidade e direito à privacidade.

O assunto segurança também começou a ser discutido. O receio de alguns era de que ladrões usassem a ferramenta para planejar arrastões a condomínios e outros crimes.

O serviço chegou ao Brasil em setembro de 2010, mas ele já havia sido lançado em alguns países em 2007. Nesta época, em cada lugar do mundo onde foi lançado, o Street View teve problemas que acabaram moldando um novo serviço, o que foi lançado no Brasil. A nova ferramenta passou a ser mais segura e atenta à privacidade das pessoas.

Em 2007, a ferramenta não tinha os recursos que borram rostos e placas de carros que tem hoje. Fotos em alguns países como nos Estados Unidos foram removidas depois do Google ter recebido reclamações. No Brasil, algumas fotos retiradas mostravam pessoas mortas ou seminuas.

Apesar de tirar apenas fotos de locais públicos, o ponto de vista do Google era um pouco mais privilegiado. Em alguns locais, as câmeras altas do Street View ultrapassaram muros e acabaram fotografando dentro das casas, o que levou o Google a tirar novas fotografias de um ponto de vista mais baixo.

A maior resistência à ferramenta tem ocorrido na Europa. O Street View foi banido na República Checa. Na Alemanha, no início, o governo obrigou o Google a acatar uma lista prévia de pessoas que não queriam ter suas casas fotografadas. Em abril deste ano, a empresa decidiu parar de coletar imagens do serviço na Alemanha. As 20 cidades que já haviam sido cobertas pelo serviço do Google foram mantidas, mas a empresa não levou o Street View a outras cidades nem atualizou as fotos que estavam no ar.

Houve também a proibição da ferramenta na Áustria, uma invasão do escritório do Google pela polícia sul-coreana, e Estados norte-americanos anunciaram que iriam investigar a empresa. Austrália, Itália e Espanha também iniciaram investigações. 

Fonte: Goiasnet