Estado já figurou em nono lugar na década passada. Mato Grosso e Pará lideram casos da doença no Brasil

Da Redação com Agência Brasil

Os Estados de Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Goiás são os que concentram áreas de maior risco para a transmissão da hanseníase, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.

Em 2013, ocorreram 31.044 novos casos da doença, no país. Entre menores de 15 anos, ocorreram cinco casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A medição, neste caso, é considerada estratégica porque uma criança doente sinaliza que há um adulto não tratado transmitindo hanseníase.

Dados preliminares, de 2014, indicam que a taxa de detecção da doença no País foi 12,14 para cada 100 mil habitantes, o que corresponde a 24.612 novos casos no Brasil. Na população menor de 15 anos, foram identificados 1.793 novos casos. Ao todo, 31.568 pacientes estavam em tratamento no mesmo período.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou como desafio permanente lidar com as chamadas doenças negligenciadas, que incluem a hanseníase e que, muitas vezes, estão vinculadas a situações de pobreza.

“A hanseníase, historicamente, vem sendo marcada pelo estigma e também por esse padrão de distribuição, que tem a ver com a desigualdade profunda que ainda existe no seio da sociedade”, disse o ministro.

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, transmitida por pessoas doentes que não estão em tratamento. A doença tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito de forma adequada.

O ministério recomenda que as pessoas procurem um serviço de saúde, no caso de aparecimento de manchas de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, sobretudo, se a mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase que imediatamente.

 GOIÁS

Em Goiás, além do preconceito, o doente precisa enfrentar as dificuldades. Moradores do Residencial Santa Marta, chamada no passado de Colônia Santa Marta, por exemplo, reúne doentes de hanseníase que  reclamam de isolamento.

Recentemente, eles denunciaram para a imprensa que andam um quilômetro para ter acesso a um ponto de ônibus na GO-403, via mais acessível do local.

Em termos de números, a situação de Goiás já esteve melhor. Entre 2003 e 2007, ocorreu queda de 48% dos casos. Em Goiânia, a redução da doença chegou a 33% na década passada.

Fonte: http://goo.gl/by0mEI

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