Empresa vai demitir 850 colaboradores e outros 450 serão absorvidos pela compradora.

Gol Linhas Aéreas Inteligentes informou, nesta sexta-feira, o início do processo de encerramento das atividades da Webjet e a descontinuidade da  marca. A primeira medida é a extinção das operações de voo.

Conforme a Gol, um dos motivos para a extinção da Webjet foi porque a empresa possuía um modelo de operação com base em uma frota composta majoritariamente por aviões modelo Boeing 737-300, de idade média elevada, alto consumo de combustível e defasagem tecnológica.

— As operações mostraram-se inviáveis devido ao alto custo do setor no Brasil e esse modelo deixou de ser competitivo — afirmou o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff.
Como consequência do encerramento das operações, a Webjet desliga aproximadamente 850 colaboradores entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves, mas segundo Kakinoff, 450 serão absorvidos pela Gol, especialmente funcionários que trabalham nos aeroportos.

— A decisão foi tomada há cerca de três semanas e garanto que não haverá nenhum prejuízo para os passageiros da Webjet — garantiu Kakinoff.

Segundo o comunicado, os clientes e passageiros da Webjet serão integralmente assistidos pela Gol, e terão seus voos garantidos, permanecendo a Gol responsável por todos os serviços de transporte aéreo e assistência a esses passageiros.

Com relação à frota Boeing 737-300 da Webjet, a Gol estima a devolução total das 20 aeronaves até o final do primeiro semestre de 2013, sendo 16 dessas devolvidas até o final do primeiro trimestre do próximo ano.

A Gol também prevê uma redução da oferta doméstica entre 5% e 8% no primeiro semestre do ano de 2013 na comparação com o mesmo período de 2012.

A compra da Webjet pela Gol havia sido feita no final no ano passado, mas só foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em outubro deste ano.

Sindicato protesta

Em nota, o Sindicato Nacional dos Aeronautas NA diz que, só no Rio de Janeiro, serão demitidos 40 profissionais de operação nas áreas de check-in e balcão, além de 40 mecânicos.

Ainda segundo o sindicato, no dia 30 de outubro o diretor de Recursos Humanos da Gol, Jean Carlo Alves Nogueira, havia negado a possibilidade de demissão em massa no setor de manutenção da Webjet.  De acordo com o sindicato, o diretor teria informado, no entanto,  que, quando duas empresas se juntam, costuma haver excedente de mão de obra, mas que não procedia o alarmismo sobre demissões em massa.

Fonte: ZeroHora

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