Cerca de 9,9 milhões de famílias brasileiras pretendem comprar um imóvel ou terreno nos próximos 12 meses, dos quais 47% pertencem à classe média, com renda familiar mensal entre três e dez salários mínimos. É o que aponta um estudo do Data Popular apresentado nesta terça-feira no seminário “Tendências do Mercado Imobiliário”, realizado pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

A intenção de comprar um imóvel era declarada por 1,5 milhão de famílias da classe média no primeiro trimestre de 2009, número que passou para 4,7 milhões no mesmo período neste ano, triplicando o potencial de consumo nesse nicho.

A pesquisa aponta também que o principal receio para os consumidores das classes C, D e E ao comprar um imóvel é não conseguir terminar de pagar o financiamento. Já para a população de alta renda, a preocupação mais citada é a de não receber a moradia.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, esses novos consumidores em potencial precisam de uma consultoria financeira para comprar apenas o que podem pagar e “não transformar o sonho da casa própria em pesadelo”.

Para ele, essa orientação é uma obrigação de toda a cadeia do setor imobiliário –começando pelo corretor–, e não só dos bancos que vão conceder o empréstimo e conseguir um cliente para outros produtos e serviços por um período que pode chegar a três décadas.

Para que essa intenção se torne efetivamente uma aquisição, Petrucci considera que é preciso oferecer o “produto adequado” ao mutuário, o que passa, necessariamente, pelo preço do imóvel.

Fonte: UOL

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