Um jornalista fingiu que era padre para tentar entrar na sala de cirurgia onde Michael Schumacher seria operado. A tentativa frustrada do jornalista abriu uma guerra entre os médicos, família, empresários e imprensa.

O ex-piloto de Fórmula 1 sofreu um acidente de esqui e está hospitalizado em Grenoble, na França, em estado grave. Enquanto a mídia tenta de todas as formas conseguir informações e imagens de Schumacker, a família e equipe envolvida no tratamento tentam guardar a privacidade do atleta.

Sabine Kehm, empresária do ex-piloto, confirmou a ousadia do jornalista, mas não divulgou sua nacionalidade. Kehm apenas lamentou o caso e reforçou a segurança no hospital.

Para que situações parecidas não voltem a acontecer, o médico Gerad Saillant, que também é amigo de Schumacher, pediu para que a imprensa deixe de solicitar entrevistas com os médicos afirmando que tudo o que acontecer será notificado.

“Tudo será comunicado de forma transparente. Mas não vamos fazer tentar adivinhar o que vai ocorrer no futuro”, disse.

O médico Jean François Payan, que também cuida do ex-piloto, pediu para que a imprensa entenda o trabalho dos médicos. “Não vamos mudar nossa rotina”, disse. “Apenas vamos comunicar quando houver algo relevante a ser dito”, afirmou.

Os jornalistas tentam conseguir prognósticos médicos sobre a saúde de Schumacher a todo o momento e muitas vezes não são atendidos. Foi por este motivo que o jornalista se vestiu como padre e tentou entrar na sala de cirurgia, mas acabou sendo descoberto.

“Peço, em nome da família, que não se faça pressão sobre os médicos e que as informações sejam limitadas à coletiva de imprensa”, apelou Saillant. “Não os peçam entrevistas. Eles tem um trabalho a realizar”, disse o médico.
Fonte: Estadão

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