Uma tatuagem em um garoto de 14 anos, escondida da mãe, virou caso de polícia e ação judicial em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Ele tatuou no braço o nome da mãe, Eva, que não gostou do gesto e fez um boletim de ocorrência.

O Ministério Público denunciou o tatuador Fabrício Carlos Augustinho à Justiça. Uma lei estadual de 1997 proíbe tatuar menores, mesmo se os pais concordarem.Laudo da perícia considerou a tatuagem lesão corporal gravíssima porque pode não ser removida totalmente em uma cirurgia, segundo o promotor Manoel José Berça.

A mãe se assustou ao saber que a tatuagem, feita em setembro do ano passado, não era falsa. Segundo a diarista, o filho pagou R$ 30. Para ela, tatuar seu nome foi só um pretexto para o menino fazer outras tatuagens no futuro. Ela diz que a decisão serve de alerta a tatuadores. “Muitos pais acabam deixando para lá. Fui atrás pois sou mãe de três. Se deixo um, os outros vão no mesmo caminho.”

O adolescente não se disse arrependido e não gostou da atitude da mãe. “Fui porque eu quis.” Ele pretende fazer outras tatuagens. O tatuador. Ele deve responder por lesão corporal gravíssima, sujeita a pena de dois a oito anos de prisão.

Já houve outros casos no interior de São Paulo envolvendo tatuagens em menores de idade. Em 2011, em Barra Bonita, uma mãe foi ao Conselho Tutelar após a filha de 11 anos tatuar uma folha de maconha no braço. Os conselheiros fizeram campanha de orientação em estúdios de tatuagem.

Fonte: Folha

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