A dona de casa Severina Maria da Silva, de 44 anos, acusada de mandar matar o pai foi absolvida por unanimidade na tarde de ontem (25), na 4ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife. O crime ocorreu na casa da vítima, em 15 de novembro de 2005, na Vila do Rafael, em Caruaru. A ré foi vítima de abusos sexuais praticados pelo pai, Severino Pedro de Andrade, desde os 9 anos e teve 12 filhos dessa relação.

A defesa de Severina alegou que ela contratou dois homens para matá-lo, após perceber que o pai pretendia abusar sexualmente das suas filhas-netas. Severina foi inocentada do crime de homicídio duplamente qualificado. Representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no júri, o promotor José Edivaldo da Silva pediu a absolvição da acusada argumentando que ela, durante anos, foi vítima permanente de coação moral e física. “Severina deveria ser indenizada pela vida que passou, foi obrigada até a pedir esmola. Não se trata de bondade pedir a absolvição de Severina, a acusada de hoje é a própria vitima.”

 A advogada de defesa, Pollyanna Queiroz, comemorou a liberdade de Severina. “Hoje ela está sendo enxergada pelo Estado e pela sociedade. Hoje é o fim de anos de sofrimento que começaram ainda na infância. Nós nos sentimos honrados porque a justiça foi feita”, disse Pollyanna.

Os dois homens pagos para executar Severino Pedro de Andrade com golpes de faca foram a júri popular no dia 26 de setembro de 2007. Os réus Edilson Francisco de Amorim e Denisar dos Santos foram considerados culpados e receberam a pena de 17 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem oferecer chance de defesa à vitima).

fonte: último segundo

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