Adis Abeba, 20 jul (Prensa Latina) A ONU declarou hoje oficialmente situação de fome nas regiões somalis de Bakool e Baixo Shabel, cuja situação ameaça com se estender a todo o sul do país.

“Se não atuamos agora, a fome se estenderá às oito regiões do sul da Somália (nos próximos) dois meses, por mal colheitas e os focos de doenças infecciosas”, disse o coordenador humanitário da ONU em Somália, Mark Bowden.

Há 20 anos estas regiões meridionais são açoitadas pela seca e a fome, que também afetam as colheitas do Quênia e Etiópia, entre outros estados da área.

Por outra arte, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) alertou à comunidade internacional para que incremente sua assistência a estas zonas onde habitam uns 12 milhões de seres humanos.

Essa agência da ONU pediu ao redor de 70 milhões de dólares para financiar programas de ajuda em Somália e 50 milhões para similares em Etiópia, Quênia, Yibuti e Uganda.

Mais de duas pessoas -para cada 10 mil- morrem diariamente nessa nação em guerra desde 1991 e estima-se que ao redor de 30 por cento das crianças estão desnutridas.

O chamado de alerta por fome ocorre no meio de um conflito armado entre o Governo Federal de Transição (GFT) e seus aliados, e a organização radical Al Chabaab, que controla as zonas do sul, onde se encontram Bakool e Baixo Shabel.

Fonte: Correio do Estado

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