O anúncio faz parte do programa de aumento de eficiência operacional da Bacia de Campos
A Petrobrás informou nesta segunda-feira que vai investir us$ 5,6 bilhões para aumentar a eficiência e a produtividade dos poços da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Deste total, US$ 500 milhões já estavam previstos no orçamento da companhia e US$ 5,1 bilhões são novos recursos.
O anúncio faz parte do programa de aumento de eficiência operacional da Bacia de Campos, incluído no plano de negócios da empresa, sob a gestão da presidente Graça Foster. O nível de eficiência da Bacia de Campos caiu de 88%, em 2009, para 71%, em 2011. A intenção é partir de 74% em 2012 e alcançar 76%, em 2013; 81%, em 2014; até alcançar 90%, em 2016.
“Não existe 100% de eficiência. Sempre há alguma instalação em manutenção. O limite seria na ordem de 95%. O programa tem como objetivo a contínua melhoria dos sistemas de produção”, afirmou a gerente executiva de Engenharia da Produção da Petrobras, Solange Guedes.
Em relação aos recursos, o programa deve gerar retorno de US$ 1,3 bilhão a US$ 3,3 bilhões, de 2012 a 2016.
15 Iniciativas
Para atingir os objetivos, a Petrobrás determinou 15 iniciativas de curto, médio e longo prazo. Para atender às necessidades do curto prazo, a empresa pretende, por exemplo, atuar para aumentar a disponibilidade de equipamentos pelo mercado fornecedor. Outras medidas estruturantes garantirão a manutenção da eficiência no longo prazo, como a padronização dos equipamentos utilizados.
“Substituir equipamentos não padronizados está nos tomando um tempo maior do que o imaginado. Queremos nos antecipar aos problemas, que apareciam em tempo mais rápido do que tínhamos capacidade de atender”, afirmou Solange.
O programa inclui 31 plataformas, com idade de 13 a 30 anos de operação e produção de 450 mil barris por dia, cerca de 25% da produção total da empresa. Alguns campos gigantes incluídos no programa são Marlim e Albocora.
Para o gerente executivo de Exploração e Produção Sul/Sudeste da empresa, Erardo Barbosa, não há dificuldade da indústria em fornecer equipamentos para garantir a eficiência da produção. “O que houve foi um ganho de complexidade dos sistemas. Estamos melhorando a alocação de recursos, aprendendo a trabalhar com áreas tão maduras assim, aprendendo com outras indústrias no mundo. A questão não está relacionada ao mercado, mas à complexidade do sistema”, disse o executivo. Produção
A Petrobrás informou ainda que a produção de petróleo recuou 1,5% em junho, na comparação com maio, para 1,959 milhão de barris por dia.
“Paradas programadas para manutenção nas plataformas P-48 (Caratinga) e P-53 (Marlim Leste), ambas na Bacia de Campos, foram os principais fatores responsáveis pela redução …”, justificou a maior empresa do Brasil.
No exterior, a produção média exclusiva de petróleo em junho chegou a 148,582 mil barris diários, com queda de 0,8% na comparação com o mês anterior.
A produção média de petróleo e gás natural da Petrobrás em junho, no Brasil e no exterior, alcançou 2,583 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
No Brasil foram produzidos 2,338 milhões de boed. A produção no exterior foi de 244.603 boed.
Fonte: Estadão