O deputado federal Romário (PSB-RJ) deu uma entrevista nesta quarta-feira (12) a ESPN Brasil e não poupou críticas ao  presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral, Jérôme Valcke. O  ex-jogador é um dos principais opositores na Câmara Federal em relação ao excesso de gastos realizados nas obras para a Copa no Brasil.

Na entrevista, Rómario fez acusações à Valcke. “Ele mesmo acabou de dizer que a Copa no Brasil pode ser uma das piores da história da Fifa. Esse cara vem aqui no País, manda, desmanda, fala, desfala, e todo mundo bate palma. Esse cara é um dos maiores chantagistas do esporte mundial. Ele foi mandado embora, depois fez uma chantagem com o presidente da Fifa que é um ladrão corrupto, filho da p…”, acusou o ex- jogador.

Romário também questionou a idoneidade dos representantes públicos do País e da CBF. “A Fifa têm dois ladrões conhecidos pelos brasileiros, porque lá são muito mais de dois, tanto na CBF quanto na Fifa, que é o Blatter e o Jérôme Valcke. Os caras vão ficar bilionários com a Copa do Mundo e está tudo certo. E esse é o nosso governo, a nossa presidenta, os nossos secretários, que também estão se enriquecendo”, acusa.

Conhecido como um dos críticos aos altos gastos destinados à Copa, o ex-atacante da seleção também fez questão de comentar sobre as obras atrasadas da Arena da Baixada, em Curitiba. “A gente já gastou um absurdo para a Copa do Mundo, e daqui para frente vai ficar mais absurdo ainda. Muitas dessas obras, como por exemplo o Estádio do Atlético-PR, estão em fase emergencial. As licitações não devem ser mais daquelas formas burocráticas, para que o dinheiro entre. E uma coisa que custaria 20 vai custar 60”, denunciou Romário, lembrando que o estádio só foi reconfirmado para o Mundial no dia 18 de fevereiro.

Mesmo decepcionado, Romário pede para que o povo brasileiro não deixe de apoiar a seleção na Copa do Mundo. “A gente têm de torcer para o Brasil ganhar a Copa dentro de campo, até porque para o futebol brasileiro é uma coisa perfeita. A Copa do Mundo fora de campo a gente já perdeu, não tem mais como reverter isso”, concluiu o ex-jogador, que foi tetracampeão vestindo a camisa 11 do Brasil em 1994, nos Estados Unidos.

Fonte: Estadão

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