O poder de compra do salário mínimo, em janeiro de 2015, é o maior visto no País desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965, informou o Banco Central por meio do boletim regional, divulgado ontem em Porto Alegre (RS), pelo chefe do Departamento Econômico, Túlio Maciel.

Esse avanço, o maior em quase 50 anos, se deve, conforme o Banco Central, à política de valorização do salário mínimo, que repercute tanto sobre o poder de compra dos assalariados em geral, quanto dos beneficiários da previdência social.

“Não surpreende, portanto, que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões. De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais”, afirma o relatório.

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste). Da mesma forma, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no País (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

A análise das variáveis indica, portanto, que elevações reais dos rendimentos do trabalho em anos recentes – em especial nas faixas de menor rendimento – foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, afirma o Banco Central. “Nesse cenário, houve aumento da participação da renda do trabalho no valor adicionado da economia, e, dada a persistência do movimento, é plausível afirmar que também houve repasse aos preços”, diz o relatório.

 Regiões

A evolução do indicador que relaciona rendimentos médios do trabalho e valor adicionado por trabalhador mostra que os rendimentos do trabalho aumentaram, de 2003 a 2014, em todas as regiões, com avanço oscilando de 17% no Sudeste a 40% no Centro-Oeste.

Em linhas gerais, na amostra analisada pelo estudo do BC, foram identificadas trajetórias crescentes para o salário mínimo e o rendimento médio real do trabalho, em todas as regiões. Por outro lado, é possível afirmar, que os aumentos de custo de mão de obra “ao menos em parte foram repassados aos preços”, analisa o Banco Central.

Fonte: http://goo.gl/Sl0iDf

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