Um carro mais barato, mas que não perdeu o charme. Esta pode ser a definição para o novo Fiat 500, lançado nesta terça-feira em Miami, Estados Unidos, e que pretende ser a arma da montadora para ampliar a participação nos mercados norte-americano e da América Latina. Com novos motores e novas versões, o carro tem preço inicial agora de R$ 39.990,00, entrando em disputa direta com concorrentes nesta faixa de preço, como o Citroen C3 e Renalt Sandero, por exemplo. Com os preços mais em conta (as versões anteriores beiravam os R$ 60 mil), o Fiat 500 deixa de disputar espaço apenas nos segmentos mais caros, onde compete com o New Beatle e o Mini Cooper, entre outros.

Agora, o Fiat 500 tem cinco versões: a Cult 1.4 Flex, que é a de entrada; a Cult com câmbio automático (a partir de R$ 42.990); a Sport Air (R$ 48.800), a Sport Air com câmbio automático (R$ 52.800,00) e a Lounge Air (R$ 54.800,00). Todas as configurações contam, ainda, com uma série de opcionais que podem tornar o carro mais exclusivo, porém, também mais caras. “Estamos ampliando os segmentos de base ao topo de linha”, explicou o diretor comercial da montadora para a América Latina, Clélio Ramos.

Os brasileiros terão, ainda, uma série especial, batizada de Prima Edizione. Serão apenas 500 unidades com itens exclusivos, principalmente na parte estética, ao preço de R$ 50.400,00. O mercado brasileiro, cuja estimativa é de um crescimento de 5% neste ano, é uma das prioridades da Fiat. Por isso o mimo para os consumidores do País. “É um mercado vibrante”, comenta Clélio Ramos, citanto os números de vendas em alta em todo o continente.

Para diminuir o preço, não existiu fórmula mágica. A primeira estratégia foi retirar alguns itens de série, inclusive nas versões superiores. O carro será montado no México, tornando a importação menos onerosa (antes, o modelo vinha da fábrica da Fiat na Polônia). Antes, por exemplo, todos os carros vinham com sete air-bags. Hoje, no modelo de entrada, são apenas dois.

Mas isso não quer dizer que o Fiat 500 se transformou num chamado “pé-de-boi”. Mesmo nas versões mais simples, há equipamentos que ainda são considerados luxo em carros nacionais nesta faixa de preço, como freios ABS, trio elétrico e uma espécie de controle de estabilidade. “Continua sendo um carrinho cheio de tecnología”, dizem os executivos da Fiat.

Além da redução dos preços e ampliação das configurações, outra estratégia para elevar as vendas é aumentar os pontos de assistência técnica para o Fiat 500. Segundo Clélio Ramos, todas as concessionárias terão peças e serviços de manutenção. São cerca de 600, no Brasil. Anteriormente, apenas cerca de 160 concessionárias Fiat eram homologadas para o modelo.

O local do lançamento, os EUA, também é estratégico e marca a volta da Fiat ao mercado norte-americano, principalmente após a fusão com a Chrysler. A montadora espera vencer a resistência do consumidor dos EUA a carros de pequeno porte. A expectativa é que a consciência ecológica colabore para isso, já que a Fiat promete um carro com menos emissões de gases poluentes.

Até o fim do ano, a Fiat espera vender mil unidades por mês. A partir do ano que vem, 1,5 mil. “A América Latina é hoje um mercado vibrante”, avalia Clélio Ramos. As vendas de carros, segundo ele, crescem 20% no continente. No Brasil, em 2011 devem ser vendidos 5% a mais que em 2010, a pesar das recentes medidas de restrição de crédito. A imprensa especializada que acompanhou o lançamento avaliou que a expectativa chega a ser modesta.

A reportagem do POPULAR dirigiu o modelo Sport Air Automático. Por dentro e por fora, o carro mantém o design que chama atenção, com poucas mudanças. Alguns motoristas norte-americanos, mesmo a bordo de carros grandes, faziam questão de fotografar o Fiat 500. Sinal de que ele chamava atenção. Apesar do pouco espaço, é um carra confortável – os passageiros do banco de trás é que devem sofrer um pouco com o aperto. Nada, porém, que atrapalhe, já que o Fiat 500 costuma ser o segundo carro da família.

Fonte: O Popular

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