O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou nesta segunda-feira (5) a movimentação do Partido dos Trabalhadores (PT) para propor um marco regulatório das comunicações. Para o senador, o partido quer calar a imprensa porque não se conforma com as recentes denúncias de corrupção.

– Quando as denúncias explodem nos principais veículos do Brasil fala-se em regulação da mídia, como se desejássemos amordaçar a imprensa para que a corrupção pudesse campear fagueira na clandestinidade do submundo do governo – disse o senador em Plenário.

Documento aprovado pelos delegados durante o 4º Congresso do PT, realizado no final de semana, fala em “conspiração midiática” apoiada ou dirigida pela oposição para dissolver a base parlamentar do governo e “derrubar a presidente Dilma Rousseff”. De acordo com o documento, o partido deve “repelir com firmeza as manobras da mídia conservadora”.

– Ora, parece-me não ser o PT um instrumento adequado para definir o que é jornalismo marrom e o que é jornalismo sério no País. Mas é inaceitável, sob qualquer pretexto, querer cercear ou regular a mídia, amordaçar a mídia – protestou Alvaro Dias, que defendeu o judiciário como responsável por julgar os excessos.

Tráfico de influência

Alvaro Dias falou sobre reportagem recente da revista Época que denuncia tráfico de influência no governo. Segundo a revista, Luciene Carboni, casada com Carlos Carboni, chefe de gabinete da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, teria um escritório no Paraná destinado a prestar consultoria a prefeitos para facilitar a obtenção de recursos públicos.

– Não há como ignorar a importância de se esclarecer, se adotar providências. E o PSDB na Câmara dos Deputados já se mobiliza para adotar providências que dizem respeito a esse fato – informou.

Para o senador, a presidente Dilma Roussef não governa de fato o país e a suposta conspiração do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu contra o governo da presidente, da qual tratou reportagem recente da revista Veja, é na verdade comandada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– A revista não contou a quem Dirceu obedece. Certamente a Lula da Silva, pois é de se duvidar que este conceda uma migalha sequer de seu poder a outrem – acusou.

Fonte: Agência Senado

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