Uma sequência de falhas humanas teria sido provável causa do acidente com o Cessna 560 XL que matou o então candidato à Presidência Eduardo Campos em agosto do ano passado. Diversos erros do piloto teriam contribuído para a queda da aeronave de prefixo PR-AFA em Santos em plena campanha presidencial.

As informações, divulgadas na edição desta sexta-feira (16) do jornal O Estado de São Paulo, não são confirmadas pela Aeronáutica. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica responsável por analisar o ocorrido, que apontou que qualquer informação só será fornecida em um relatório final, sem data confirmada para ser divulgado.

Entre os fatores apontados na reportagem, falta de treinamento no modelo de aeronave do acidente, uso de “atalho” e desrespeito aos procedimentos influenciaram na queda do avião e morte dos sete tripulantes: piloto e copiloto, o ex-presidenciável, dois assessores e o fotógrafo da campanha.

Por causa destes fatores, o piloto Marcos Martins foi obrigado a abortar o pouso, e teve desorientação espacial. Essa desorientação não permite ao piloto saber em que posição está voando, se está em linha reta, de lado ou em direção ao solo, que foi o que ocorreu.

Não foram apontadas falhas técnicas e as turbinas apresentavam perfeitas condições de funcionamento. Investigadores ainda observaram que Martins não estava devidamente treinado para a aeronave, e que ele nunca teria passado pelo simulador deste tipo de Cessna.

O piloto também teria usado uma rota alternativa para o pouso, e não a pré-determinada em manuais de navegação aeronáutica internacionais. No lugar de seguir um caminho pré-estabelecido, Martins tentou pousar de primeira, embicando a aeronave e arremetendo.

Os investigadores ainda revelaram um perfil de atrito entre copiloto e piloto, que teria revelado dias antes em rede social que estava “cansadaço”.

Fonte: R7

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