Agricultores do Rio Grande do Sul começam a testar, no campo, novas variedades de batata desenvolvidas pela Embrapa.

Cada variedade desenvolvida pelo programa de melhoramento da Embrapa leva de oito a 10 anos para chegar aos produtores. Elas são resultado de diferentes cruzamentos genéticos e cada uma tem uma aptidão particular.

A química Núbia Ferri explica que aquelas que têm maior teor de matéria seca, ou seja, menos água, são mais apropriadas para fazer chips e palito. Então, dessa forma, a indústria consegue ter um maior aproveitamento, um maior rendimento e gera um produto mais crocante. As outras amostras que não têm essa aptidão são destinadas para o consumo doméstico, em purê e saladas.

A BRS Clara, que chega agora ao mercado tem a casca amarelada e a polpa branca. A cultivar é mais adequada para pratos cozidos, como saladas, já que não se desmancha facilmente.

“Ela se destaca pela grande resistência a doenças, como a requeima, que costuma comprometer as lavouras”, diz Arione Pereira, engenheiro agrônomo.

Walnei Thurow é produtor há mais de 40 anos e possui na propriedade seis tipos de batata. E sempre que uma variedade nova é lançada, ele planta para ver o resultado. “Como o mercado está muito exigente, temos que ir aperfeiçoando cada vez mais e focando em novas variedades”.

Com o mercado da batata pré-frita em crescimento, uma das apostas de Walnei é a BRS Ana. Com formato alongado e casca rosada, a cultivar tem se mostrado produtiva. “A Ana tem rendimento, é resistente a doenças, estiagem, não é muito exigente em solo e tem boa aceitação no mercado”, comenta.

Mais informações sobre as variedades BRS Clara e BRS Ana podem ser obtidas no site da Embrapa, www.embrapa.br

Fonte: G1

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