O Tesouro norte-americano já reagiu à decisão da S&P de baixar o ‘rating’ da dívida dos EUA.
O Tesouro dos Estados Unidos acusou a agência de notação Standard & Poor’s de ter cometido um erro de dois biliões nas projeções orçamentais que justificaram a diminuição do ‘rating’ da dívida do país.
“Uma avaliação que contém um erro de dois bilhões [milhão de milhões] de dólares fala por si”, disse o porta-voz do Tesouro após a decisão da Standard & Poor’s em baixar o ‘rating’ da dívida norte-americana.
De acordo com fonte ligada ao processo, o Tesouro alertou a agência para o erro que terá sido ignorado.
A agência de ‘rating’ Standard & Poor’s diminuiu esta madrugada o ‘rating’ da dívida dos Estados Unidos da América, o que acontece pela vez na história do país.
Cortar o ‘rating’ americano…uma decisão inédita
A S&P, a maior e a mais conceituada agência de notação do Mundo, deu o ‘triple A’ aos EUA pela primeira vez em 1941 e não mais mexeu na avaliação da qualidade da dívida norte-americana.
Até agora, o ‘rating’ da dívida estava classificado no máximo, de ‘AAA’.
A agência de notação já tinha feito o aviso no passado dia 14 de Julho de que poderia castigar os EUA.
Na altura, a S&P ameaçou cortar o ‘rating’ “na ausência de um plano credível para baixar o défice”. Isto apesar de o Congresso ter dado luz verde para aumentar o tecto de endividamento de 14,3 biliões de dólares.
Hoje a ameaça concretizou-se, com a descida de um nível na notação americana que é agora de ‘AA+’. O ‘outlook’ continua a ser negativo, o que indicia a possibilidade de novas descidas.
“A decisão de baixar o ‘rating’ reflecte a nossa opinião de que o processo de consolidação orçamental recentemente aprovado pelo congresso e pela Administração não é suficiente para estabilizar a dinâmica da dívida a médio prazo”, justifica a agência numa nota enviada aos mercados.
Fonte: Econômico