Levantamento divulgado ontem (5) pela Controladoria Geral da União mostra que o governo federal expulsou da administração pública, entre janeiro e julho deste ano, 328 servidores federais após processos administrativos abertos por conta de irregularidades, a maioria envolvendo casos de corrupção. Conforme a CGU, o total de expulsões é o maior para o período desde 2003 – ano a partir do qual o órgão passou a tabular os dados.

Conforme os dados, somente em julho deste ano foram 98 servidores expulsos – recorde também entre todos os meses de julho.

De janeiro a julho de 2011, foram 172 expulsões por “valimento indevido de cargo”, que se trata se uso do cargo para obtenção de vantagens; 123 são casos de improbidade administrativa; e 19 se referem ao recebimento de propina. Quarenta e seis expulsões ocorreram por conta de abandono de cargo – a soma das causas é superior ao total de expulsões porque um servidor pode ter sido demitido por mais de uma causa.

De acordo com a CGU, o combate à corrupção e à impunidade na Administração Pública já levou o Governo Federal a aplicar punições a 3.297 agentes públicos por envolvimento em práticas ilícitas, no período entre janeiro de 2003 e julho de 2011.

A Controladoria afirma que o aumento de casos se deve a uma maior fiscalização por parte do órgão. “A intensificação das expulsões decorre da determinação do governo de combater a corrupção e a impunidade. Assim, a administração deixa de ficar apenas à espera da punição pela via judicial, que é demorada, e passa, ela própria, a administração, a aplicar as punições de sua alçada”, afirmou Luiz Navarro, secretário-executivo da CGU.

Ainda conforme o órgão, os processos administrativos que antecedem as punições aos servidores “transcorrem rigorosamente dentro da lei, observando-se o contraditório e a ampla defesa dos acusados”.

fonte: g1

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