O último sobrevivente conhecido dos “triângulos rosa”, designação dos homossexuais presos em campos de concentração pelos nazistas, morreu, na quarta-feira, com 98 anos. Sofreu espancamentos, humilhações e outros abusos durante os 32 meses em que esteve preso.
O checo nascido na Alemanha, e naturalizado francês em 1960, vivia num hospital para idosos dependentes em Bantzenheim, no leste de França. O seu funeral vai ser realizado na próxima segunda-feira.
Brazda saiu do anonimato em 2008 quando foi inaugurado, na Alemanha, um monumento para homenagear os homossexuais perseguidos durante o nazismo.
Posteriormente, escreveu, em parceria com o amigo Jean-Luc Schwab, a sua biografia: “Itinerário de um triângulo rosa”. No livro, relata os 32 meses que passou num campo de concentração, o trabalho forçado, a morte onipresente, os espancamentos e humilhações.
Em Abril do ano passado, foi nomeado cavaleiro da Legião de Honra francesa, uma das mais altas condecorações do país.
Cerca de dez mil homossexuais foram deportados sob o regime de Hitler, que considerava esta orientação sexual uma ameaça à perpetuação da raça.