Mesmo pressionado, o ministro do Turismo, Pedro Novais, afirmou hoje (17) que não vai deixar o cargo. “Só existem três formas de eu sair do ministério: se a presidenta Dilma Rousseff quiser, se eu deixar de ter apoio do meu partido [PMDB] ou se eu adoecer”, anunciou durante depoimento na Câmara dos Deputados, em reunião conjunta das comissões de Turismo e Desportos, Defesa do Consumidor e Comissão de Fiscalização e Controle.

Novais foi convidado a falar sobre as denúncias de corrupção em sua pasta que culminaram na Operação Voucher, da Polícia Federal. Foram presas 35 pessoas, na semana passada, incluindo o secretário executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, que pediu demissão ontem (16).

Novais negou que tenha recebido uma “herança maldita” do então ministro Luiz Barreto. “Recebi um ministério administrado por pessoas, entes humanos e falhos. Estou procurando fazer corretamente. Não estou para condenar, nem perdoar. Estou para cumprir o meu dever e cumprirei”.

O ministro garantiu que não sabia dos esquemas de desvios de verbas dentro da pasta. Mesmo com pessoas de confiança sendo investigadas por corrupção, Novais disse que não se sente traído, nem enganado. “Estou apenas tomando as providências cabíveis após o conhecimento do fato. Posso ter todos os defeitos, menos fazer papel de bobo.”

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) se disse “indignado” com a postura do ministro em relação ao secretário executivo da pasta. “A postura de Vossa Excelência beira a conivência. Não é possível que, diante de tudo que foi dito sobre Frederico, o senhor permaneça inerte. O senhor deveria respeitar o dinheiro público”, disse Sampaio ao ministro.

fonte: agência brasil

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